domingo, 17 de fevereiro de 2013
Maldito Relógio
Nunca me dei e acho que nunca vou me dar muito bem com essa história de relógio.
Hoje mesmo, repassando mentalmente as coisas que tinha separado pra viajar, percebi o quanto gastar dinheiro com um desses é inútil no meu caso.
Comecei com as coisas mais pessoais: "Roupas, Shampoo, Condicionador, escova de dentes, de cabelo..."
Depois passei aos itens de sobrevivência : "Lápis, borracha, celular, papel, apostila de desenho, máquina fotográfica - que a propósito meu irmão levou em uma viagem alternativa, com meu consentimento - sapatos e etc". Resolvi então pensar em coisas que a minha irmã mais velha pensaria se estivesse repassando o que ela deveria ter trazido para viajar e logo me veio em mente o cretino do relógio.
Eu sinceramente não consigo entender qual é meu problema com eles... Não que meus amigos já não estejam acostumados a me esperar mais que a qualquer outra pessoa para os programas que vamos fazer, ou que não tenham criado o hábito de me falar, no mínimo, meia hora antes do que para o resto do pessoal. Mas juro que não me atraso por mal, sempre começo a me arrumar uma hora antes, separo tudo o que vou vestir, tomo banho, me arrumo e quando percebo, já devia ter saído de casa há dez minutos.
E olha que isso não vem de criação, porque meus pais sempre tentaram me fazer tomar jeito.
Eu era acordada cada vez meia hora mais cedo para estar na escola na hora e sempre acabava me atrasando. Acho que se acordasse as quatro da manhã não conseguiria estar na escola às sete, a menos que realmente me interessasse.
Acho que isso tem a ver com a minha "alma de artista" - a quem costumo culpar por todos os meus defeitos - que insiste em se manifesta nos momentos mais impróprios e sem hora marcada. Não toca campainha, não tem nem mesmo um bater de palmas para avisar que as idéias estão chegando.
Essa não é uma mania da qual eu deveria me orgulhar, mas acho que nunca vou deixa-lá, pois coisas assim, improvisadas e que ninguém espera me atraem muito mais.
Mas talvez esse seja o motivo de eu nunca conseguir manter amizades britânicas.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Revolta
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Sãos e Salvos
O imenso carro percorria a cidade, vazia e sem luz, antes famosa pelas suas cores chamativas, luzes que brilhavam em todos os cantos: holofotes, carros, prédios, etc. Essa não era mais a realidade. Depois da Guerra, tudo era escuridão e, nas casas, tudo que o se tinha era esperança de um amanhã melhor. Mães esperavam a volta do seu marido, filhos esperavam o regresso do pai. De porta em porta o carro parava e, de lá, saia um soldado, um pai, um companheiro, que se corroia de felicidade por rever a família, depois de tudo que acontecera e ver que todos estavam bem.
A alguns quilômetros dali, uma mulher estava sentada na cama ao lado do filho, pequeno, apenas uma criança, e tentava fazê-lo dormir, afinal, nesses tempos, era menos doloroso manter-se com a mente vazia, livre de pensamentos ruins e dormir era o melhor a se fazer, porém o mais difícil. A criança relutava a dormir, queria esperar o pai, era tão pequeno, tão cheio de sonhos, um menino, acima de tudo, que tinha o pai como exemplo para tudo, era seu super herói.
- Meu filho, eu te amo tanto – a mãe sussurrou no ouvido da criança, já deitada, preparada para dormir.
- Também te amo, mamãe – uma sensação de sono invadiu o pequeno. Um bocejo.
- Durma, durma, já está tarde e crianças da sua idade devem ir para a cama cedo. – A mãe disse, passando a mão pelos cabelos do filho, de forma suave. – Só feche os olhos, e durma. O papai nunca vai nos deixar sozinhos – falava mais ansiosa que o filho, tinha um mau pressentimento.
Enquanto o tempo passava, a mãe cantarolava uma canção de ninar:“Apenas feche os olhos, o sol está se pondo. Vai ficar tudo bem, ninguém pode te ferir agora. Venha, luz da manhã, você e eu vamos estar sãos e salvos.” Até que o filho finalmente adormeceu nos braços da mãe, dormiu com esperança de acordar e estar ao lado do pai, depois de todo esse tempo.
Ela não se atrevia a olhar para fora da janela, tudo lá fora estava em chamas, destruído pela guerra que continuava na sua porta. Tentou se manter apegada à canção e não parou de cantar, até que a musica se foi, e ela adormeceu ao lado da criança, os dois ainda de mãos dadas, lembrando do momento das doces palavras do homem que amava: “eu nunca vou te deixar sozinha, tudo vai ficar bem e no final e nós vamos ficar sãos e salvos, juntos, sãos e salvos” enquanto as lagrimas escorriam pelos seus rostos no momento de despedida.
O carro do exército agora iria até a última rua da cidade, a única que restava. Só havia mais um homem dentro. Todos os outros já estavam em suas casas, sendo abraçados por suas mulheres e filhos, mas não esse. O caminho até o final da rua foi longo, pareceu uma eternidade até chegar à última casa, um casebre de madeira de um cômodo só, onde vivia uma família pobre. Provavelmente alguém esperava lá dentro. Esperava, sim. O homem sabia disso, mas não sabia se devia estar feliz ou triste por isso.
As luzes do farol do carro iluminaram a janela do quarto e a mulher acordou. Alguém batia à porta da casa. Só podia ser ele! O coração dela disparou. Finalmente o momento do reencontro tinha chegado, finalmente poderia abraçar o marido depois de todo esse tempo de desconsolo, saudade e falta de notícias. Ela correu até a porta e hesitou um momento antes de abri-la, o nervosismo não deixava. Mais uma batida, então ela a abriu.
Do lado de fora, um homem esperava, fardado, com as roupas rasgadas, sujas e mal cheirosas, possuía algumas cicatrizes pelo resto, alguns dentes lhe faltavam na boca e seu cabelo parecia meio chamuscado, como se tivesse pegado fogo. Eram exatamente como ela esperava ver seu marido, de nenhuma forma menos machucado ou sujo, afinal, era uma guerra. Porém, o homem que a esperava não era seu marido, não o conhecia. Quem seria? O medo percorreu o corpo da mulher e então o estranhou falou, com a voz falha:
- Sentimos muito pelo seu marido – disse isso e entregou à mulher um pingente de ouro grafado com as palavras “São e Salvo”, que usava no momento que morreu como herói.
Texto de Gabriel Paiva
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Ligações
Dias e dias se passaram, sua vida mudou; Antes garota que dançava como louca e dava risadas altas sem nem se importar com o que as pessoas pensavam dela, agora era quieta. Estava mais magra, não gostava mais de música. Seus milhões de motivos para ser feliz, pareceram sumir como vapor e os que lhe restaram não era fortes o bastante para lhe iluminar a escuridão que tomou seu peito.
Onde estavam seus amigos? O único que lhe sobrara estava namorando, uma garota que claramente não gostava dela. Seus problemas estavam além da realidade, ela agora tinha medo da própria mente, medo dos próprios pensamentos. Parou de obedecer as ligações, ficava com raiva toda vez que as recebia, gritava e depois de alguns segundos se recompunha e pedia desculpas ao aparelho, mesmo sabendo que ele não podia mais ouvi-la.
Nunca falava... talvez por isso as coisas parecessem muito maiores e mais feias, ela não sabia mais como se sentir bem. Mas sabe, ela era forte, muito mais forte do que ela mesma podia imaginar.
Uma manhã ela acordou com o toque do celular, aquilo era uma coisa a qual ela se apegara... mesmo com todas as mudanças, seu celular continuava a tocar, sempre na mesma hora, sempre com a mesma mensagem. Ela atendeu, ouviu a palavra. Mas antes que ele pudesse desligar ela começou a falar, falou tudo o que estava guardado em seu peito, falou por horas, ou minutos, nunca saberemos. Ela chorou, gritou, e quando finalmente terminou o monólogo desesperado, o estranho repetiu “Smile”.
Finalmente ela entendeu o que ele queria dizer com aquilo, ele não estava mandando que ela fosse feliz, ou insinuando que seus problemas não fossem o suficiente para fazê-la ficar triste. Não era uma ordem, era um pedido. Ele pedia para que ela sorrisse, por que apesar de tudo o que ela sentia, apesar de tudo o que estava passando e de se sentir sozinha, uma hora ia acabar, e tudo o que ele podia fazer por ela, era pedir que sorrisse. Por que ele sabia, que essa era a sua maior fortuna. Seu sorriso.
A garota nunca soube quem era esse misterioso estranho, por que por mais que ela retornasse as ligações, o número não existia. Então ela simplesmente ouvia, sorria e seguia em frente.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
E se hoje fosse o seu último dia?
domingo, 11 de dezembro de 2011
Cabeças Fechadas, aff.
Sinceramente para mim não, meu Deus como elas são chatas.
E não pensem vocês que isso se resume a pessoas mais velhas, por que essa "doença" atinge muitos jovens, de uma maneira quase irreversível.
São o tipo de pessoa que nunca aceita novidades, que quer sempre tudo do seu jeito e é rodeado de preconceitos. Metódico e chato. É uma coisa tão monótona e sem graça que eu vejo a pessoa sempre bege. Sabe,aquela pessoa que está sempre do mesmo jeito,com as mesmas roupas, o mesmo corte de cabelo, as mesmas músicas, as mesmas manias....a! Credo.
Eu não estou dizendo que todo mundo tem que gostar de tudo, que tem que lamber todos os defeitos das outras pessoas e todo esse papo de hippie. Mas qual é o problema de ter RESPEITO pelo o que as outras pessoas curtem? Não me venham com chorumelas dizendo que falar mal dos gostos dos outros é pura liberdade de expressão, eu não to proibindo ninguém de falar o que quer. Aliás é isso que eu faço aqui no blog a maioria das vezes não é? Eu só estou dizendo que se você fala o que quer, pode ouvir o que não quer sobre algo que você gosta. Tenha argumentos antes de criticar alguma coisa, isso é fundamental.
Mas enfim, o caso é que esse tipo de gente, que insiste em dizer que só um tipo de coisa é certa, um tipo de música é boa, um estilo de roupa é bonita e etc, são ridículas. Não existe um tipo certo para alguma coisa, a não ser nas ciências exatas, tipo matemática ou física. E mesmo nelas ainda existem jeitos diferentes de se chegar a um mesmo resultado, ou seja. Tudo está errado e certo ao mesmo tempo. Ou então, como diz o meu professor de filosofia: " Não existe uma verdade"
Será que as pessoas nunca vão aprender que a única coisa que nós estamos pedindo é respeito? Não queremos que gostem, participem ou usem as coisas como nós, as pessoas são diferentes e essa é a beleza, mas tem de haver respeito mútuo. A graça é o mundo colorido e esquisito, mas sem essa de xingamentos e falta de educação com os outros ok?
Falando Uma Merda Importante
Gente, espero que vocês me perdoem pela minha falta de cuidado aqui com o blog, muitas vezes eu tenho tempo mas não tenho criatividade pra postar alguma coisa decente para vocês lerem. Entre postar coisas que eu considero ruim e nada, prefiro não postar nada. Algumas pessoas que eu pedi para postar aqui comigo, como a Mari (quem lê faz tempo deve se lembrar), não puderam me ajudar por problemas com a escola e falta de tempo.
Os dois textos que eu postei aqui, prometo que vou terminar e postar as continuações aqui mesmo, agora que estou de férias poderei doar mais do meu tempo aqui. Me perdoem mesmo, vou tentar postar sempre pra vocês, sério .-.
Não vou mudar o estilo do blog, até por que ele nem tem um estilo de verdade, eu posto sobre nada na verdade, mas gosto assim.
Se alguém se interessar em me ajudar ou quiser escrever algum post específico eu ficaria muito feliz. Vou deixar meu e-mail.
Boas Férias, mas agora é que começa a diversão.
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