terça-feira, 18 de outubro de 2011

era uma manhã de segunda feira...


...Nós conversávamos por mensagens de celular como sempre, ela estava na escola, eu havia acabado de acordar e vira sua mensagem diária de bom dia. Após algumas mensagens eu pude perceber que o seu ar sempre animado não estava presente e isso me incomodava, comecei a me irritar. Suas mensagens eram cada vez mais espaçadas e curtas e em um determinado momento da manhã ela me mandou a mensagem que me preocupou : "O que você faria se eu só tivesse mais esse ano?". Respondi algo que julguei certo e imaginei que fosse só uma suposição ou algo para me soldar, continuei com algum outro assunto e tudo seguiu.

Na manhã de terça... quando acordei e fui responder sua mensagem, uma surpresa. Ela não havia me mandado bom dia, devia estar brava ou então não foi à escola, o que não era nada demais, afinal ela sempre reclamava das aulas chatas e entediantes. Com o passar do dia fui ficando impaciente, parecia que cada vez que olhava no celular e não via noticias dela eu ficava pior. Venci meu orgulho e mandei, na esperança de que assim a incentivaria a conversar, mas os minutos foram se arrastando e se transformando em horas, até que quando a terça quase se esvaia e meu sono já me procurava o meu celular deu sinal de vida. Era ela, meu coração começou a bater forte e sua empolgação traiu o rosto frio e indiferente que eu trazia, tentado convencer-me de que não era nada demais, eu fingia só pra mim, já que não havia ninguém ali para ver-me. Não era uma mensagem grande como eu esperava e nem cheia de agrados para o meu ego, e sim simples e delicada "Me desculpe, também senti sua falta, te amo". Confesso que me desapontei com a simplicidade, sem nenhuma justificativa, sem nenhuma das coisas com as quais eu me acostumara, mas mesmo assim enchei meu coração de alívio e depois de respondê-la acabei caindo no sono.

A quarta se iniciava ... e havia um clima pesado no ar, nada restara do alívio da noite anterior e pela janela eu conseguia avistar o céu cinza que parecia querer me dizer alguma coisa, ainda meio embalado pela atmosfera que minha cama criava, peguei o celular que jazia quieto sobre a cômoda, nada de mensagens hoje novamente. Dessa vez eu decidi mandar tentar falar com ela logo cedo, ela poderia estar querendo me testar e ver se eu me importava em dizer bom dia, fiz minha primeira tentativa e nada, a segunda e nada, quando comecei a digitar a terceira mensagem que confesso seria um pouco mal educada me ocorreu de que eu estava sendo desesperado, meu ego inflou-se de uma forma que a espantou totalmente da minha mente durante o restante do dia. Sai com meus amigos, bebi, andei pela centro da cidade vivendo tão alto que nem se meu coração gritasse eu ouviria. O dia se passou e os tantos quilômetros que nos separavam já não me incomodavam como antes, ao chegar em casa nem me lembrei de checar o celular, estava exausto. Caí na cama e o sono logo me tirou daquela dimensão.

Acordei tarde na quinta feira... sentindo falta de alguma coisa que não sabia dizer, sentei na cama confuso e minha cabeça deu uma volta por toda a minha vida e então eu percebi o que faltava, peguei o celular me sentindo um tanto culpado pelo dia anterior. Culpa esta que cresceu quando vi que haviam duas mensagens não lidas, a primeira era dela " Me desculpe meu anjo, me esqueci de sua mensagem de bom dia, espero que tenha passado bem, estou sentindo sua falta ". Algo cresceu dentro do meu peito e acariciou meu coração quando vi que a segunda mensagem também era dela " Você está bem? Sumiu hoje, te amo ". As duas porém eram do dia anterior, deste mesmo não havia nenhuma. Essa sua ausência repentina já estava indo longe demais, o que estava acontecendo? Não havíamos brigado e nem quando brigamos isso aconteceu. Os milhares de quilômetros agora me pareciam milhões e tudo o que eu queria era poder ir até ela e saber o que estava acontecendo, ela não era assim, ela não fazia essas coisas comigo, me parecia até um pouco injusto e revoltante que me deixasse assim, no ar. O egoísmo que costumava me preencher na época começou a se manisfestar e a revolta por ela me deixar sem notícias crescia a cada hora daquele dia e quando finalmente o sono me tomou de novo, eu não havia si quer ligado pra ela.     (CONTINUA)

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